sábado, 6 de fevereiro de 2010

TATIANE ALVES
BRASILEIRA
AUXILIAR DE ESCRITÓRIO

Meu marido foi batizado com treze anos de idade, mas acabou se afastando. Anos depois, me conheceu e fomos morar juntos. Ele sempre falava da igreja que era a verdadeira igreja de Jesus Cristo e eu sempre relutava, falando que isso era impossível de ser. Mesmo assim, ele sentia a vontade de voltar, mas algo nele impedia. Acho que era pelo fato de morarmos juntos. Três anos de namoro se passaram e a gente sofreu muito com desemprego, dívidas, roubos, infortúnios... nos amávamos muito, mas sempre brigávamos sem motivo nenhum, além do meu marido gostar de uma coisa que eu passei a odiar com o tempo: bebidas alcoólicas.

Depois de uma terrível briga que tivemos, que quase resultou o término de nosso namoro, ele foi tomar banho e pensar. Imediatamente, ele saiu do banheiro, disse que queria fazer uma coisa diferente: queria orar e queria que eu o acompanhasse. Achei que fosse piada da parte dele, porque a muito tempo, ele passava a fala que era ateu (mesmo que ele não perdesse o testemunho de que a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Ultimos Dias fosse verdadeira, ele estava desacreditando um pouco). Ajoelhamos, ele fez a oração e ele decidiu voltar, mas pedindo para que eu conhecesse. Se eu gostasse, bem; se não, ele iria prosseguir com essa decisão sozinho. Mesmo antes dele decidir ir para a igreja, eu via dois missionários subindo a rua sempre em que eu voltava do meu trabalho. Depois da decisão do meu marido e eu ter decidido por livre e espontânea vontade de que iria conhecer o que ele acreditava ser "a verdadeira igreja de Jesus Cristo", encontrei com esses dois missionários na rua (Elder de Araújo, do Pará e Elder Daniel, do Rio Grande do Sul) e parei, pedindo para eles irem em minha casa e me dar as palestras.

Quando eles foram em casa pela primeira vez, a mesa da casa estava exposta de comida e recebi minha primeira lição. Mas antes mesmo de perguntar ao Pai Celestial, na hora da oração do meu marido, senti algo diferente. Via Joseph Smith com outros olhos e a igreja como um algo diferente das muitas que frequentei. Mas o maior desafio aos missionários era o seguinte: eu tinha que me "separar" do meu marido para ser batizada, por morarmos juntos. Depois, a gente teria que se casar, fazer a vontade do Pai Celestial. Como os missionários conhece que o ser humano é egoísta, ele acharam que eu não ia abandonar tudo aquilo que eu já tinha feito por causa de uma crença. Mas não. Disse à eles que sou 8 ou 80: se for pra fazer, é pra fazer direito! Meu marido foi pra casa da mãe dele, me batizei no dia 15 de março (justamente para que o Elder Daniel pudesse ver meu batismo, já que seria transferido na semana seguinte) e meses depois, dia 14 de junho, casamos. Me lembro dessa época com muito carinho e sinto saudades. Uma vez, o Elder Daniel me enviou uma carta agradecendo pelo exemplo de fé que passei à eles sobre essa decisão de ficar em casa absolutamente sozinha apenas para fazer a vontade do Pai Celestial. Mas eles me ajudaram muito. Não conseguiria fazer tudo isso sozinha. As vezes, pedimos aos missionarios que pudessem falar sobre a primeira lição pra gente e a gente, de brincadeira, fazemos os papéis dos pesquisadores. É muito gostoso! E cada vez mais fortalece meu testemunho.

E presto meu testemunho sobre a veracidade da igreja. De que sim, Joseph Smith viu Deus e Jesus Cristo, que O Livro de Mórmon também contém as palavras do Senhor. Que Jesus vive e nos ama, cada um de nós e conhece nossas dores, nossos deleites e nossa alegria. Que o Senhor envia seus apóstolos e profeta para nos guiar até Seu caminho de volta ao Reino Celestial. E se você não concorda, pelo menos RESPEITE!

Deixo esse testemunho em nome de Jesus Cristo. Amén.

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